terça-feira, 30 de março de 2010

A atuação da APG no CONSUNI (segundo semestre/2009)

No Conselho Universitário (CONSUNI), colegiado superior da universidade onde os pós-graduandos têm representação (um titular e um suplente), a APG tem sempre se manifestado nas discussões.
Apontamos para o problema enfrentado pelos estudantes que vêm de fora da cidade do Rio de Janeiro (especialmente, os estrangeiros) e encontram dificuldades para conseguir moradia, sobretudo por conta da burocracia para conseguir tirar toda a documentação necessária para receber a bolsa (quando estes a tem). Em reunião com a Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Profa. Angela Uller, conversamos e cobramos no sentido de encontrar soluções a curto, médio e longo prazo para esta questão.
A representação dos pós-graduandos tem cobrado também ampliação e melhorias no Bandejão. A quantidade de refeições é insuficiente para o número de estudantes de graduação e pós da UFRJ. Além disso, por só haver um Restaurante Universitário implantado, com atrasos nas obras dos demais que estão sendo previstos, as filas prejudicam em muito a vida dos pós-graduandos que passam o dia todo no Fundão e não podem dispor de tanto tempo para as refeições. O horário do almoço que deveria ser de descanso, acaba sendo de estresse. Além disso, estaremos levantando a discussão sobre a abertura do bandejão em período noturno, que atenderia tanto os alunos de graduação quanto os pós-graduandos que optam em realizar suas atividades neste período do dia, bem como a construção de bandejões nos demais campi da UFRJ (Praia Vermelha, Centro, Macaé, Xerém, etc...).
Na discussão sobre o orçamento da UFRJ para 2010, demonstramos preocupação com a avaliação positiva quanto ao aumento de verba para a UFRJ, visto que na nossa avaliação esse aumento foi insuficiente mediante o aumento dos gastos da universidade, sobretudo com sua reestruturação e expansão recentemente implantadas. Questionamos, sem recebermos respostas, o porquê de a verba destinada ao apoio aos programas de pós-graduação ter se mantido a mesma do ano anterior (R$ 3,2 milhões) enquanto a grande maioria dos itens do orçamento teve um aumento, mesmo que discreto. Manter este tipo de verba no mesmo patamar do ano anterior demonstra um retrocesso na qualidade das pós-graduações da UFRJ, uma vez que crescem o número de alunos e também o de programas. Além disso, solicitamos esclarecimentos, também sem respostas, quanto aos critérios de distribuição dessa verba para os programas. Acreditamos ser importante apoiar os programas que têm tido mais dificuldades em se manter, sem, entretanto, deixar de apoiar os programas de excelência.
Em relação à discussão sobre as vagas docentes, o representante da APG no CONSUNI demonstrou preocupação com o rumo que a discussão estava tomando, limitando-se a discutir as vagas de expansão. Apesar de reconhecermos que os estudantes de alguns cursos não poderiam ficar sem docentes, nos preocupa que os demais cursos sejam deixados em segundo plano, já que se assumiu como prioridade os cursos que expandiram ignorando, dessa forma, a carência histórica de professores da UFRJ. A não decisão das vagas de reposição, de titular e de conversão pode significar que a UFRJ fique sem tais vagas, já que 2010 é ano eleitoral e todos os concursos precisam ser concluídos até junho. Além disso, ao não tomar tal decisão, perdeu-se uma oportunidade de tentar avançar na superação da carência histórica de professores ainda bastante presente na UFRJ. Colocou-se a culpa em erros de ordem técnica e conceitual nas planilhas da COTAV (Comissão Temporária de Alocação de Vagas). Provavelmente, tais erros não seriam apontados e haveria bem menos questionamentos e críticas caso o número de vagas docentes fosse capaz de suprir integralmente nossas carências.
Os mesmos representantes discentes da APG no CONSUNI durante o período 02/2009, Leonardo Kaplan e Otávio Maioli, estarão no CONSUNI no ano de 2010. A APG pretende expandir seus meios de comunicação, principalmente mostrando o nosso trabalho neste conselho da Universidade. Dessa forma, incentivamos sempre a leitura do jornal da ADUFRJ e de outros meios de comunicação da Universidade que divulgam oportunamente nossos trabalhos.

Leonardo Kaplan e Otávio Maioli

Falta de funcionários na Geografia (PPGG) dificulta atividades administrativas no início de 2010 (março/2010)

Em janeiro de 2010, o Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG) se deparou com um problema grave de falta de funcionários para realizar as atividades administrativas do Programa, com ameaça de fechamento da secretaria durante os meses iniciais de 2010.
A única servidora vinculada à secretaria do PPGG esteve de licença por motivos de saúde e não havia meios de substituí-la. Em um passado recente, o Programa contara com dois servidores em seu quadro. Após a saída de um destes, o PPGG prosseguiu funcionando de forma precarizada, até que a licença médica da única servidora inviabilizou completamente suas atividades administrativas. Uma solução provisória foi tentada com a contratação de uma estagiária a fim de manter o funcionamento mínimo da Secretaria. Contudo, até mesmo esta solução inadequada teve que ser interrompida devido à falta de pagamento da estagiária pela Reitoria. O próprio coordenador do Programa chegou a assumir algumas tarefas administrativas na expectativa de evitar a interrupção do funcionamento, mas o problema demorava a ser resolvido, de modo que em janeiro chegou a ser anunciado que a secretaria não funcionaria em fevereiro, comprometendo as inscrições dos alunos, a manutenção de vínculos, a coleta da CAPES e outras atividades recorrentes no início do ano.
Frente à situação colocada, os alunos do PPGG se reuniram através da lista de e-mails para redigir uma carta à Reitoria e à Pro Reitoria de Pós Graduação (PR-2), para reforçar as cobranças já iniciadas pela Coordenação do PPGG. Na carta, as reivindicações emergenciais eram “a regularização do pagamento da estagiária contratada e o deslocamento de ao menos um servidor público com competência legal para exercer as atividades administrativas típicas de um Programa de Pós-Graduação”. Mas também eram cobradas medidas complementares posteriores, como “viabilizar o incremento do quadro de servidores em atividade no PPGG para que este programa retome seu funcionamento regular, não só para as necessidades básicas de manutenção mínima do Programa, mas também para dar conta de todas as demandas extraordinárias que um Programa de nível de excelência requere, tais como eventos, publicações, manutenção da página eletrônica, controle e manutenção de equipamentos, dentre outras”. A carta foi enviada em nome dos alunos do PPGG, depois endossada pela Associação dos Pós-Graduandos (APG-UFRJ). Vários alunos enviaram e-mails individuais cobrando as soluções necessárias.
A resposta da Reitoria não demorou muito: anunciaram que uma pessoa seria contratada imediatamente pelo período de três meses, para se ocupar diretamente do relatório da CAPES, com auxílio de uma funcionária do Programa de Geologia. Além disso, a Reitoria se comprometeu a enviar um novo servidor aprovado no ultimo concurso, tão logo fossem concluídos os processos administrativos necessários.
A solução apresentada foi bastante satisfatória. Embora exista uma tendência de se solucionar o problema da falta de funcionários através de contratações terceirizadas que muitas vezes pesam no orçamento dos Programas, comprometendo verbas que poderiam ser utilizadas para outros fins, a solução encontrada após as pressões apontam para um caminho oposto, que valoriza a atuação de servidores concursados responsáveis pelo trabalho administrativo da pós-graduação. A capacidade de mobilização rápida através dos e-mails também colaborou, senão para o desfecho final, pelo menos para garantir que a solução seja implantada de fato.

)Questionários da APG na PGQu (março/2010)

Em 2009, a APG aplicou questionários entre os alunos do PGQu, contendo questões a respeito do funcionamento do curso, do perfil dos pós-graduandos e dos principais problemas enfrentados:
• 85% deles disseram ter a bolsa como única fonte de renda e metade deles declaram morar em imóvel alugado;
• Apenas 8% deles afirmaram almoçar no bandejão central com freqüência, porém 100% dos alunos apóiam a construção do bandejão no CT. Isso mostra que as filas e a demora no trajeto do CT ao bandejão inibem a utilização por parte dos alunos da PGQu;
• 77% consideram a biblioteca do IQ ótima ou boa;
• 67% estão satisfeitos com o transporte interno;
• Sobre a avaliação da CAPES, apesar de 33% acharem injusta e inadequada, 38% desconhecem ou são indiferentes;
• Os quatro grande problemas do IQ e da PGQu, apontados pelos alunos foram; excesso de alunos ou espaços insuficientes (23%), dificuldades de comunicação com coordenação da PGQu (23%), elevadores e bebedouros precários (18%), e falta de segurança policial (12%). A falta de segurança nos laboratórios, também foi um dos problemas abordados em várias declarações dos alunos. Sugestões como cursos de primeiro socorros e construção de um posto de atendimento médico foram dadas;
• Apesar dos problemas do IQ e do PGQu, 75% dos alunos consideram o programa bom e 58% deles se mostraram favoráveis à unificação dos 4 antigos programas.

A representação discente no Programa de Pós-Graduação em Química (PGQu) (março/2010)

Em meados de 2008, os programas de pós-graduação em Química Analítica, Química Inorgânica, Fiísico-Química e Química Orgânica se unificaram e deram origem ao Programa de Pós-Graduação em Química (PGQu). Atualmente, o programa possui cerca de 260 alunos regularmente matriculados. Durante o período de transição, uma Comissão Deliberativa (CD) foi instituída, sendo constituída por 13 representantes docentes e 1 representante discente (Atualmente os representantes discentes são; Otávio Maioli, Rafael Bernini e Guilherme Almeida). Esta CD se divide em 4 Câmara, das quais os representantes discentes participam ativamente de todas elas.
A influência da representação discente diante das decisões do PGQu parece pequena numericamente, porém os mecanismos de comunicação implementados pelos representantes discentes para ampliar o debate entre os alunos, consolidando o desejo de grande parte deles, se tornaram ferramenta importante para dar força às opiniões e propostas dos alunos.
Dentre os mecanismos criados, destacam-se a elaboração de um regimento para a representação discente e a criação de um grupo de e-mail. Apesar do grupo de e-mail contemplar apenas 40% total de alunos matriculados, ele se tornou um ferramenta interessante para difundir as informações e ampliar o debate, principalmente sobre temas mais polêmicos como as regras de seleção e ingresso, divisão de bolsas, estrutura acadêmica, dentre outros. A criação do regimento para a representação discente (aprovada pelos discentes e reconhecida pela APG) constituiu-se em um episódio inédito na UFRJ.
A idéia de consolidar e fortalecer a representação discente nos programas, mantendo a interação com a APG, apresenta-se como uma alternativa para fortalecer as representações discentes dos pós-graduandos na UFRJ, uma vez que a atual conjuntura (criação de novos cursos e falta de integração entre os mesmos) dificulta a interação entre os pós-graduandos. O modelo adotado no PGQu será discutido pela APG que poderá difundi-la em outros programas de pós da UFRJ.

2010: APG renovada para ampliar atividades e lutas (março/2010)

Olá, pessoal! Primeiramente, queremos dar as boas-vindas as novos pós-graduandos da UFRJ e aos que já estavam estudando, um ano de muito sucesso em suas pesquisas nesse semestre que se inicia. A universidade é parte (ou será, para os novos) da rotina de vocês e de onde sairão boa parte das novas ideias e das concepções seja de pesquisa, educação e universidade, seja de Brasil e de mundo, que terão daqui pra frente. A universidade é um espaço de muito debate, e estamos sempre empenhados em enfrentar os problemas, discutir nossa realidade e, é claro, procurar transformá-la. Além de um espaço acadêmico, é também político, e que, atualmente, passa por mudanças. Os últimos anos tem sido de muita mobilização por uma universidade ampliada que melhore as condições de ensino para todos. Esperamos que nesse ano de 2010 não seja diferente e que possamos ter muita conquistas nas lutas que tocamos em prol de uma universidade mais justa e democrática, que produza conhecimentos a serviço do povo brasileiro.
No ano de 2009, a APG funcionou a partir de reuniões entre pós-graduandos, representantes discentes nos programas ou não, que buscaram ampliar os contatos e dar início a algumas atividades. Foi elaborado um questionário para ser aplicado nos programas, visando identificar os principais problemas enfrentados pelos pós-graduandos e, a partir deles, construir as pautas e as reivindicações.
Além disso, foi produzido um jornal para circular entre os pós-graduandos, no qual focamos em duas questões: a questão da moradia e apoio aos estudantes de fora da cidade do Rio (incluindo os estrangeiros), discussão trazida por alunos do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais, e a pauta da transferência das unidades para o Fundão, focando no caso da Faculdade de Educação, uma discussão ao mesmo tempo específica da FE e geral, já que envolve o debate em torno do Plano Diretor da UFRJ.
Nos dias 4 e 5 de dezembro de 2009, foram realizadas duas assembleias para a eleição da gestão 2010 da APG, sendo uma no Fundão (no CT, Instituto de Química) e outra no campus da Praia Vermelha (na Faculdade de Educação). Duas chapas concorreram ao pleito: A.Pós.Taí e Mais e Melhores Bolsas!. A vencedora foi a chapa A.Pós.Taí. As assembleias contaram com a presença de representantes da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), que destacaram a importância histórica da APG-UFRJ no Movimento Nacional de Pós-Graduandos.

Dentre as propostas da chapa vencedora, estão:
(1) Fortalecer a representação discente nos programas;
(2) Representação ativa no CONSUNI e no CEPG;
(3) Salas de estudo dos pós-graduandos;
(4) Mais vagas e mais bolsas nos programas;
(5) Orientação e apoio adequados para alunos externos (estrangeiros e de fora do Rio);
(6) Acesso à moradia para estudantes de pós-graduação;
(7) Melhores condições de trabalho e segurança nos laboratórios;
(8) Pela abertura de mais Bandejões, por aumento no número de refeições e abertura à noite;
(9) Mais concursos docentes para atender demanda da graduação e da pós-graduação;
(10) Expansão da universidade com garantia de qualidade;
(11) Verbas adequadas para as unidades que decidiram não se transferir para o Fundão e enquanto não ocorrem as transferências;
(12) Mais e melhores bolsas. Apoio ao Projeto de Lei dos Pós-Graduandos;
(13) Aumentar e melhorar os canais de comunicação;
(14) Realização de debates e eventos acadêmicos e culturais;
(15) Acompanhamento das discussões sobre os mestrados profissionais.